- Não vejo ninguém, - respondeu o homem, - assim não sei dizer de quem se trata.
No dia seguinte, quando a criança tornou a entrar na sala, o visitante a mostrou a toda a família, mas ninguém viu nada. O homem, então, aproximou-se da porta do quarto e, entreabrindo-a, olhou para dentro. Ali viu o menino sentado no assoalho, procurando, afobadamente, alguma coisa entre a juntura das tábuas. Mas, ao perceber que o visitante a olhava, a criança desapareceu.
O homem contou à família o que acabara de presenciar e descreveu a criança detalhadamente. Aí, então, a dona da casa reconheceu quem era e exclamou:
- Ah, é o meu pobre filhinho; ele morreu há quatro semanas!
Levantaram as tábuas e encontraram dois vinténs que, um dia, a mãe havia entregue ao pequeno para que os desse a um mendigo. O menino, porém, pensara: "Vou comprar um doce com esse dinheiro" e o guardou, escondendo-o numa fenda do assoalho. Por isso, agora não encontrava paz em seu túmulo. E cada meio-dia ia à sua casa à procura dos vinténs. os pais deram as moedas a um pobre e, desse dia em diante, a criança nunca mais foi vista. FIM
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