quarta-feira, 19 de outubro de 2016

O PINHEIRO - CONTOS DE ANDERSEN

 Lá longe, no interior da floresta profunda, nasceu um dia um lindo pinheirinho. O sítio era excelente, o sol iluminava-o o dia inteiro, a brisa brincava alegremente ao redor dele, e na vizinhança viviam muitos companheiros, todos pinheiros como ele, uns mais velhos, outros mais novinhos. Mas o pinheirinho não estava contente: seu anseio era crescer. Não fazia conta do calor do sol, nem do ar fresco; não dava também atenção às crianças, alegres e tagarelas que, depois de encher as bilhas, ou de enfiar as frutinhas brilhantes em hastes de palha, sentavam perto dele e diziam:
   - Mas que lindo pinheirinho! E tão pequeninho!
  Isso sim, o pinheiro não gostava de ouvir.
   Afinal ele foi crescendo, e cada ano que passava lhe trazia um novo broto; pode-se saber sempre a idade de um pinheiro, contando seus nós.
  - Quem me dera ser já da altura dos outros! - suspirava o pinheirinho.- Eu espalharia meus galhos lá longe, e minha copa poderia ver o vasto mundo! Os passarinhos viriam fazer seus ninhos nos meus galhos, e quando o vento soprasse eu poderia balançar a cabeça para um lado e para outro, como fazem meus companheiros!
  Nem a luz do sol, nem o canto dos passarinho, nem as nuvens rosadas que iam vogando por cima dele de madrugada e à tardinha - nada disse lhe dava prazer.
   No inverno quando o chão estava branco de neve resvaladiça, andava por ali uma lebre, em loucas correrias, e até dava saltos mesmo por cima da cabeça do pinheirinho, que achava aquilo a coisa mais irritante do mundo. passaram-se assim dois invernos, mas já no terceiro a lebre não podia mais saltar por cima; limitava-se a correr em roda dele: o pinheirinho estava mais alto. E sempre pensando consigo:
   - Crescer, crescer! Ficar bem alto, e bem velho - a única coisa neste mundo que dá valor à vida!
   Pelo outono apareceram os cortadores e abateram algumas das árvores maiores. Era assim todos o s anos, e o nosso jovem pinheirinho, já então de porte regular, estremecia quando via aquelas árvores enormes, magníficas, caírem ao chão, com um estrondo tremendo. Cortavam-lhe então os galhos; e assim, despojados e nus, mal se reconheciam agora os esguios troncos das soberbas árvores. Eram então deitados uns sobre os outros em carros enormes, e os cavalos em breve os levavam para longe, longe da floresta. Onde iriam? Qual seria seu destino?
   E quando, na primavera, voltaram  as cegonhas e as andorinhas, o pinheiro indagou:
  - Vocês sabem para onde os levaram? Não os encontraram em alguma parte?
   As andorinhas nada sabiam; mas a cegonha, depois de refletir um momento, disse:
   - Sim, creio que os encontrei! Quando voltava do Egito vi muitos navios com mastros esplêndidos. Desconfio muito que eram as árvores de que falas: cheiravam a pinho novo. E dou-te meus parabéns: navegavam magnificamente! Magnificamente!
   - Ah, Quem me dera ser tão alto como eles, para ir também navegar no mar! E que é isso, o mar? Com que se parece ele?
   - Ora! Isso levaria muito tempo a explicar- retorquiu a cegonha, erguendo o voo.
   E os raios do sol diziam ao pinheirinho:
   - Regozija-te com a mocidade! Regozija-te com a tua viçosa juventude, com a vida exuberante que te corre nas fibras!
   E o vento beijava a arvorezinha, e o orvalho a umedecia com suas lágrimas.
   Pelo Natal foram abatidas muitas árvores novas, da mesma altura daquele pinheirinho que estava sempre ansioso por ver o mundo; cortaram até algumas menores e mais novas que ele. Essas arvorezinhas eram escolhidas entre as mais belas; ninguém as despojou de seus galhos: foram acomodadas em carroças, e os cavalos as levaram pra longe, longe, bem longe do mato.
   - Para onde vão elas? - perguntava o pinheirinho. - Não são mais altas do que eu; para dizer a verdade, uma era até muito baixa...Por que deixaram os galhos? Onde podem elas ter ido?
   - Nós sabemos, nós sabemos! - pipilaram os pardais - Nós espiamos nas janelas da cidade! Sabemos para onde foram! Não podes imaginar quanta honra, quanta glória a separavam! Nós espiamos pelas vidraças, e vimos que foram plantadas em uma sala bem aquecida, e ornadas de coisas lindas - maças douradas, doces, brinquedos, e centenas de velas brilhantes!
   - E depois? - perguntou o pinheiro, tremendo até os últimos brotinhos- e depois? Que aconteceu depois?
  - Não vimos mais nada; mas o que vimos era lindo, lindo, como não sabemos contar!
   - Terei eu também esse destino glorioso? - gritava o pinheiro, deslumbrado. Isso é muito melhor que navegar no mar! Anseio pelo Natal! Já estou tão alto e tão copado como os outros que foram cortados no ano passado. Quem me dera estar já na sala aquecida, coberto de honras e de enfeites! E depois...sim, depois havia de acontecer alguma coisa anida melhor- se não fosse assim, porque teriam
o trabalho de me adornar? Deve vir alguma coisa ainda maior, anida mais esplêndida! Mas que será? Como me custa esperar tanto! Já nem sei o que sinto em mim!
   Regozija-te no nosso amor! - diziam o ar e a luz. Alegra-te com a tua mocidade e com a tua liberdade!
   Alegrar-se! É o que o pinheiro jamais podia fazer. Crescia e crescia, inverno e verão; e lá estava ele, todo vestido de folhagem verde, verde sombrio; e as pessoas que o viam diziam:
  - Que linda árvore!
   E quando veio o Natal foi o primeiro que abateram. O machado penetrava na madeira, cada vez mais profundo, e o pinheiro caiu por terra, soltando gemidos de dor; padecia muito...uma agonia, uma fraqueza, que jamais imaginara! Esqueceu-se naquele momento da sua boa sorte, tamanha era a tristeza que sentia ao deixar o lugar onde nascera; sabia que nunca mais veria seus companheiros queridos, nem os pequeninhos arbustos e as flores que tinham desabrochado à sua sombra, talvez nem sequer os passarinho! E a viagem também não lhe pareceu nada agradável.
   Somente tornou a si quando, no pátio para onde fora levado com outros pinheiros, ouviu um homem dizer:
  - Este é esplêndido! É exatamente o que nós queremos!
   Vieram então dois criados muito bem vestidos e levaram o pinheiro para uma grande e bela sala, cheia de quadros pelas paredes; na chaminé viam-se vasos chineses, com leões na tampa. Havia na sala também cadeiras de balanço, sofás estofados de seda, mesas cobertas de livros de figuras e de brinquedos, que tinham custado milhares e milhares de cruzeiros - pelo menos assim diziam as crianças. O pinheiro foi plantado em um barril cheio de areia, mas  ninguém sabia que era um barril, porque estava todo coberto de plantas verdes e posto sobre um tapete tecido de alegres cores. Como ele estremecia! Que iria acontecer agora? Agora...uma moça ajudada pelas criadas, começou a adorná-lo.
   Penduraram em alguns galhos ninhos recortados de papel de cor, e cheios de ameixas cristalizadas; noutros eram nozes e maças douradas, que pareciam ter nascido e crescido ali. E mais de cem velhinhas de cera, vermelhas, azuis e brancas foram postas por entre os galhos. Bonecas, que quase pareciam gente viva- o pinheiro nunca tinha visto coisa semelhante! - pareciam dançar entre os ramos; e lá mais acima, no ponto mais alto, no vértice da árvore, prederam uma grande estrela de ouropel; aquilo era, na verdade, esplêndido, esplêndido! Incomparável!
   - Logo à noite - diziam elas - logo à noite, a estrela brilhará lá em cima.
  - Quem me dera que já fosse noite! - pensava o pinheiro. - Tomara que acendam duma vez as velas, porque então...que acontecerá então? E os outros pinheiros virão da floresta para me ver? Os pardais voarão até aqui para espiar pelas janelas? Ficarei aqui, assim ornado, todo o inverno e todo o verão?
   E de tanto pensar nessas coisas, o pinheiro começou a sentir dor nas casca, e a dor na casca, nas árvore, é o mesmo que a nossa dor de cabeça.
   Enfim, as velas foram acesas, e- oh! que esplendor! O pinheiro tremia todo, e tanto tremeu que um dos raminhos pegou fogo.
   Que susto! a moça soltou um grito.
   Mas num momento foi extinto o fogo. Agora, porém, o pinheiro não ousava mais tremer; receava perder alguma coisa daquele esplendor, e sentia-se já meio desorientado com tanto fulgor e tanta glória.
   Enfim foram abertas de par em par as portas da sala e uma multidão de crianças entrou de roldão, como se quisesse lançar-se ao pinheiro. A gente grande entrou com mais compostura; os pequenos ficaram mudos por um instante, um instante somente! E começaram a soltar gritos de alegria, que repercutiam nas paredes. E dançavam em roda do pinheiro. E os presentes foram tirados da árvore, um por um.
   - Que fazem eles? - perguntava o pinheiro consigo mesmo. - Que virá agora?
     As velas foram se gastando e quando chegavam ao fim, junto dos galhos, eram logo apagados - e as crianças tiveram permissão de despojar a árvore. Atiraram-se ao pinheiro com tamanho ímpeto, que se ele não estivesse preso ao teto por um arame, oculto sob a estrela dourada, teria certamente caído ao chão.
   Puseram-se então as crianças a dançar, com seus lindos brinquedos; e ninguém mais deu atenção ao pinheiro, a não ser a velha aia, que examinava os galhos, a ver se não teria ficado escondido algum figo ou maça.
   - Uma história! Uma história! - gritavam as crianças, levando para o lado da árvore um homenzinho baixote e gordo.
   Sentou-se ele, dizendo:
   - Sim, é muito agradável sentar-se a gente aqui, à sombra dos galhos verdes; além disso, a árvores também pode aproveitar a minha história. Mas vou contar só uma. Qual preferem vocês - a história de ivedy-Avedy, ou a do Barrigudinho, aquele que caiu do muro abaixo, e mesmo assim veio a sentar no trono e a casar com a princesa?
   - Ivedy-Avedy -gritaram  uns.
   - O Barrigudinho - clamavam outros.
    Era um alarido terrível; só o pinheiro estava calado, pensando:
   - Deverei também fazer barulho, ou ficar quieto aqui?
   Porque era ele, sem nenhuma dúvida, um dos companheiros da festa, e fizera tudo quanto dele se exigira.
   E o homenzinho baixote e gordo contou a história do Barrigudinho, que caiu do muro, e mesmo assim subiu ao trono e casou com a princesa. E as crianças batiam palmas e pediam outra, queriam ouvir também a história de Ivedy-Avedy, mas o homenzinho não a contou. E o pinheiro ali estava, tranquilo e pensativo; os passarinhos do mato nunca tinham contado aquilo...O barrigudinho caiu do muro, e assim mesmo subiu ao trono e casou com a princesa!Sim, sim! Passam-se no mundo coisas estranhas!
   E o pinheiro acreditava que tudo aquilo era verdade, pois quem o afirmava era um homem tão bem posto. E dizia no íntimo do coração:
   - Quem sabe se eu também hei de cair ao chão, e depois casar com uma princesa?
   E alegrava-se na antecipação do dia seguinte, em que seria de novo enfeitado de velas e brinquedos, ouropéis* e frutas.
   - Amanhã não hei de tremer? Estarei mais seguro, na minha magnificência. Amanhã ouvirei outra vez a história do Barrigudinho, e talvez também a de Ivedy-Avedy...Quem sabe?
   E o pinheiro meditou nisso a noite inteira.
   De manhã vieram as criada. E a árvore pensou logo:
   - Vai começar de novo a minha grandeza!
   Mas as criadas retiram-no dali, sumiram com ele a escada, e atiraram-no para um canto escuro do sótão onde não entrava nem um só raio de luz. E o pinheiro pensava?
   - Que quer dizer isto? Que vim fazer neste lugar? Que é que vou ouvir aqui?
   Apoiou-se à parede, para não cair, e pensou, pensou, pensou. E teve tempo de sobra para pensar, porque correram dias, correram noites, sem que ninguém entrasse naquele sótão. Afinal um dia entrou alguém ali, mas somente para meter num canto algumas malas velhas; o pinheiro, completamente escondido à vista, parecia também inteiramente esquecido.
    - Agora é inverno - pensava ele. - O chão endureceu e está coberto de neve; não podem plantar-me agora, por isso tenho de ficar aqui, assim abrigado, até que volte a primavera. Como os homens são sábios e prudentes! Eu só queria que isto aqui não fosse tão escuro, e tão solitário! Nem sequer uma lebre! Era tão agradável, lá na floresta, quando a neve se alastrava no chão, e a lebre andava correndo em roda... Sim, mesmo quando ela pulava por cima de minha cabeça - coisa que então me irritava muito! Mas aqui a solidão é medonha!
   Nisto um ratinho veio vindo devagarinho.
  - Cui, cui!
   E veio outro, e mais outro, e foram farejando o pinheiro; e acabaram por subir por ele acima, dizendo:
   - Faz muito frio aqui! Se não fosse tão frio, seria até bem agradável, não é, pinheiro velho?
   - Eu não sou velho - respondeu a árvore - Há muitos outros - muito mais velhos do que eu.
    - Como vieste parar aqui? E que é que sabes?- perguntou o ratinho, que era muito curioso. - Fala-nos do lugar mais delicioso do mundo. Já estiveste lá? Já entraste na despensa, lá onde estão as prateleiras cheias de queijos? Onde os presuntos estão pendurados no teto? Onde a gente pode dançar por cima das velas? Aquele lugar de onde a gente sai gordo - por mais magro que fosse ao entrar?
   - Não, não conheço esse lugar; mas conheço a floresta, onde o sol brilha e os passarinhos cantam!
   E o pinheiro começou a falar na sua mocidade e nos prazeres que gozara. Os ratinhos jamais tinham ouvido nada que se parecesse com aquilo, e escutavam atentamente; depois disseram:
   - Quanta coisa já viste! Como tens sido feliz, pinheiro velho!
    - Mas eu não sou velho, não - retorquiu o pinheiro. - Foi ainda neste inverno que saí da floresta: estou justamente na flor da vida!
   - Como tu sabes falar! - disseram os camundongos.
   Voltaram na noite seguinte, e trouxeram mais quatro ratinhos, que também queriam ouvir a história da árvore. E quanto mais o pinheiro falava da sua mocidade na floresta, mas vividamente se lembrava de tudo e dizia:
   - Sim! Eram tempo muito agradáveis aqueles!
   Mas ainda podem voltar, podem voltar! O Barrigudinho caiu do muro, e apesar disso casou com a princesa.
   E o pinheiro lembrou-se de uma linda e delicada bétula nova, que vivia na floresta - uma verdadeira princesa, uma princesa muito linda, na sua opinião.
  - Quem é esse Barrigudinho? - indagaram os ratos.
   Contou-lhe então a história; lembrava-se bem de toda ela; e os ratinhos sentiram tanto prazer em ouvi-la que eram capazes de dar saltos até à ponta do tronco do pinheiro, de tanta alegria. Na noite seguinte apareceram mais alguns ratinhos, e no domingo até dois ratões se apresentaram. Estes, entretanto, declararam que a história não era nada divertida; e os ratinhos, depois de ouvirem esta opinião, muito vexados, também não acharam mais graça nela.
   - Sabes unicamente essa história? - indagaram os ratões.
   - Unicamente esta! respondeu o pinheiro. - Ouvi-a  na noite mais feliz da minha vida, ainda que não soubesse então até que ponto era feliz.
   - Mas é uma história mesquinha! Não sabes alguma que fale de carne de porco e de sebo? Alguma história de despensa, ou de celeiro?
   - Não - disse o pinheiro.
   - Então...já ouvimos demais! - retrucaram os ratões, retirando-se.
   Também os ratinhos se sumiram, e nunca mais apareceram. O pinheiro dizia, suspirando:
  - Era bem agradável, vê-los aqui sentados, ao redor de mim, aqueles ratinhos sempre atarefados, a escutar o que eu dizia...E até isso agora se acabou! Contudo, terei prazer em recordá-lo, quando me levarem daqui.
   Mas quando seria isso?
   Ora, uma manhã entraram algumas pessoas, que remexeram todo o sótão. Retiraram dali as malas, e o pinheiro também foi puxado lá dos seu canto; atiraram-no ao chão, sem o menor cuidado; um dos criados ergueu-o e levou-o escada abaixo. E ele tornou a ver a luz do dia. Sentiu o ar fresco, os quentes raios do sol- estava no pátio.
    - Agora sim - pensava ele - agora começa uma vida nova!
  Tudo era tão rápido que ele não se lembrou de olhar para si mesmo: havia muito o que ver em roda. O pátio vizinhava com o jardim; tudo ali era fresco e florescente- as rosas, brilhantes e perfumadas, debruçavam-se nas latas, os limoeiros estavam cobertos de flores e as andorinhas voavam para diante e para trás, chilreando:
   - Crriii-vrriii- vit, meu bem-amado voltou!
   Não era ao pinheiro, não, que se referiam.
  Mas o pinheiro exultava, tomando de deliciosas esperança:
  - Eu viverei! Eu viverei!
   Tentou estender os galhos, mas ai! estavam amarelos e secos. E tinham-no atirado para um montão de ervas e urtigas. A estrela de papel dourado, que ficara pregada nos últimos ramos, brilhava ainda assim aos raios de sol.
   Brincavam no pátio algumas criança - aquelas alegres crianças que na noite de Natal tinham dançado ao redor do pinheiro. Uma das menores, tendo avistado a estrela, correu a arrancá-la. E gritava, pisoteando os galhos, que estalaram debaixo de seus sapatos:
   - Olhem aqui! Olhem o que ainda está pregado no pinheiro velho do Natal! Ele está tão feio!
   E o pinheiro olhou para todas as flores do jardim, agora na frescura da sua beleza; olhou para si  mesmo, e sentiu no coração uma dor cruciante. Antes o tivessem deixado consumir-se sozinho no canto escuro do sótão; lembrou-se da sua vida feliz lá na floresta, da alegre véspera de Natal, e dos ratinhos que o escutavam com tanta atenção quando ele contava a história do Barrigudinho.
  - Acabado! Tudo acabado! - disse o pobre pinheiro. - Se ao menos eu tivesse sido feliz, como podia ter sido! Tudo acabado!
    E veio o criado e partiu o pinheiro em cavacos e amontou-se ; depois prendeu fogo neles. E o pinheiro soltava profundo lamentos, e cada lamento era como um pequeno tiro; as crianças correram para junto dele e pularam em roda da fogueira, gritando:
   - Paff! Paff!
   Mas cada um daqueles tristes gemidos era um pensamento que o pinheiro dedicava a um dia luminoso de verão, ou à uma noite estrelada de inverno, lá na floresta; e à véspera de natal; e ao Barrigudinho - a única história também acabada! acabada! Poque todas as histórias tem de chegar algum dia ao seu fim!
FIM
 



*Oropéis;
Aparências enganosas; falsos brilhos.
Tudo que parece verdadeiro, mas é enganoso.
Tudo que tem brilho falso.
Mais uma história longa, portanto o mesmo que os últimos lindos contos, postando aos poucos! Conforme a tempo de uma pessoa que cuida da casa e de 5 pessoas! Agora vou prepara o Jantar! beijo!

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