sexta-feira, 23 de outubro de 2015

PEPITA DE LEÃO

Pepita de Leão, filha mais velha de José Salomão de Leão,professor e jornalista, e de sua esposa, Belmira da Costa Leão, nasceu em Cruz Alta, no Rio Grande do Sul, a 15 de dezembro de 1875. Cedo revelou sua vocação para o magistério e, quando se mudou com a família para porto Alegre, capital do  Estado, matriculou-se na Escola Normal, recebendo o diploma de professora em 1901. Depois de ensinar particularmente, submete-se, em 1904, a concurso de provas para ingresso no magistério público. Aprovada, foi nomeada para a escola de Estância Grande, no Município de Viamão. Por essa época o Ginásio do Rio Grande do Sul( hoje Colégio Estadual Júlio de Castilhos) decidiu aceitar estudantes do sexo feminino, e Pepita de Leão fez o curso de bacharel em Ciências e Letras, concluindo-o em 1907. Ensinou durante alguns anos no mesmo Ginásio, depois dirigiu grupos escolares em São Borja e Taquari. Voltando a Porto Alegre, dedicou-se novamente ao ensino particular até ser nomeada professora num dos grandes grupos escolares da capital. Em 1941 foi convidada a reger uma cadeira de português no curso ginasial do Instituto de Educação de Porto Alegre, cadeira que ocupou até agosto de 1945, quando adoeceu gravemente, vindo a falecer  dois meses depois, a 10 de outubro de 1945.
    A par de sua atividade docente, Pepita de Leão cultivou a literatura, tendo publicado vários livros traduzidos e alguns originais, além de trabalhos esparsos em jornais e revistas, sobre educação e especialmente literatura infantil. Entre os livros que traduziu, figuram obras de autores mundialmente conhecidos: Kingsley, Lewis Carrol, Joana Spyri, David Wyss, Robert Louis Stevenson, Charles Dickens, Hans Christian Andersen. Deste último, organizou a edição dos Contos, que a Editora Globo ora apresenta ao público brasileiro.

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