A esse troglodita remoto sucederá, na antiguidade, o fabulista Esopo. Depois virão, na Idade Média, os anônimos compiladores das Gesta Romanorum - com seus romances, narrativas de viagens, bestiários, que se destinavam aos adultos, mas que a gente miúda disputava ávidamente. Gente miúda que mais tarde, difundida a imprensa, se encantará com episódios da Bíblia, com histórias dos mártires e das perseguições romanas.
As crianças foram exigindo histórias, fantasias; e elas foram surgindo. Assim, em 1654, em Nuremberg, o Bispo Comenius publica o primeiro livro ilustrado infantil de que existe notícia. Pouco depois, para aquietar as rebeldias de seu real discípulo, Fénelon escreve suas famosas Aventuras de Telêmaco, que ainda hoje se lêem com prazer. Quase ao mesmo tempo apareciam os Contos de Perrault ( entre eles a História da Gata Borralheira) e passava a circular na Europa traduções dos fabulosos relatos das Mil e uma Noites.
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