domingo, 13 de março de 2016

A HISTÓRIA DO ANO - CONTOS DE ANDERESEN

Era no mês de janeiro. A nevasca desabava, impetuosa. A neve turbilhonava pelas ruas e vielas. As vidraças estavam cobertas de uma camada de neve, e neve caía também, em grande quantidade, dos telhados das casas. Dir-se-ia que todas as criaturas se achavam dominadas por uma pressa incontida: os homens andavam correndo: precipitavam-se nos braços uns dos outros, segurando-se mutuamente por um instante, para firmar o pé. Carros e cavalos pareciam cobertos de açúcar cristalizado. Os lacaios mantinham-se encolhidos, na traseira dos carros, para que a neve não lhes batesse no rosto. Os pedestres também procuravam escudar-se contra a tempestade, acompanhando as carruagens , que só muito lentamente iam abrindo passagem na neve profunda. E quando, afinal, a borrasca amainou e as pás conseguiram abrir um caminho estreito rente com as casas, os que se encontravam no meio dele estacavam : nenhum queria ceder o passo, entrando na neve funda para dar passagem ao outro. E ali ficavam, imóveis e silenciosos, até que por um acordo tácito cada um resolvia sacrificar uma única perna, afundando-a no montão de neve.
      À noite o vento serenou; o céu, varrido, estava mais alto, mais transparente. As estrelas pareciam novinhas em folhas e algumas tinham um fulgor deslumbrante.  O frio fazia o ar crepitar, e a camada de neve superior estava enfim tão forte, pela madrugada, que podia resistir ao peso dos pardais, os quais desciam, aos pulinhos, para as baixadas, de onde a neve fora removida. Não encontraram, porém, grande coisa para comer e o frio castigava-os.
      - Pio, pio!- disse um. - Isto é então um ano novo?
Pois olha, é pior que o velho! A gente podia bem ter ficado com  aquele...Não estou gostando nada deste!
     - É, é isso mesmo; os homens saíram a correr pelas ruas, saudando  o ano novo com salvas de tiros - acudiu um pardalzinho que tremia de frio. - Atiraram potes às portas e pareciam doidos de alegria, só porque desaparecera o ano velho. E eu também fiquei muito contente, porque esperava que viriam dias melhores. Mas qual: O frio é até pior que antes. Os homens andam enganados na cronologia.
    - É mesmo - disse o terceiro, um pardal já velho, de cabeça branca. - Eles lá tem uma coisa  a que chamam calendário, uma invenção lá deles, e querem que tudo se subordine àquilo. Ora qual! O ano começa quando chega a primavera! É assim na Natureza e eu me guio é por ela. 
- Mas...e quando é que vem a primavera? - indagaram os outros.
      - Ora, ela vem quando volta a cegonha. Mas é que ela não tem tempo bem certo para chegar, principalmente aqui, na cidade: ninguém poderá dizer, com certeza, quando será o dia de chegada. No campo as pessoas sabem com mais segurança qual é o tempo. Não querem voar para lá para esperá-la? Estaríamos assim mais próximos da primavera, seja lá como for.
      - Ora, tudo isso tem seus prós e contras - disse um dos pardais, que até ali estivera sempre saltitando e piando sem dizer afinal coisa que prestasse. - Na cidade há de fato comodidades que não sei se encontrarei lá por fora. Aqui bem perto mora uma família humana que teve uma boa ideia: fixou ao muro alguns vasos de barro, com a boca para dentro; no fundo de cada vaso abriram um buraco tão grande que dá para a gente entrar e sair. Eu e meu marido fizemos ninho ali, pois os homens arranjaram tudo aquilo só pelo prazer de nos ver - isso é claro: por que mais havia de ser? Também se divertem, atirando-nos migalhas de pão, de sorte que temos o sustento seguro. Acho, pois, que vamos ficar por aqui mesmo, ainda que não estejamos muito contentes...Mas vamos ficar.
      - Pois  nós cá vamos para o campo para ver se a primavera já chegou!
       E lá se foram voando.
       No campo o inverno era muito rigoroso: alguns graus abaixo da temperatura da cidade. Um vento cortante varria os restolhais, cobertos de neve. O camponês sentado no trenó, com as mãos abrigadas em espessas luvas, sacudia os braços para que não os entorpecesse o frio. Repousava-lhe sobre os joelhos o chicote inútil: os magros cavalos corriam tanto que estavam cobertos de suor, a despeito da neve que estalava. Os pardais, transidos de frio, iam sempre saltitando nos sulcos do trenó, e cantando:
    - Pio, pio! Quando virá a primavera? Ainda tardará muito? muito tempo? muito tempo?
     - Muito tempo!  - respondeu uma voz, vinda da colina mais próxima, coberta de neve.
    A voz foi ecoar ao longe, pelo campo a fora. Talvez fosse somente o eco; mas talvez fosse a voz de um velho esquisito, que, no meio da tempestade, estava sentado lá em cima, sobre um montão de neve. Era todo branco: parecia um camponês envolto em uma roupa de grossa lã branca. Os alvos cabelos eram muito compridos; o rosto pálido, os olhos grandes e claros.
     - Quem é aquele velho? - perguntaram os pardais. E o corvo velho, que pousara em um moirão da cerca, tão condescendente que reconhecia que todos nós somos apenas passarinhos aos olhos de Deus, dignou-se responder aos pardais:
    - Eu sei; é o inverno, o velho do ano passado. Não morreu, ainda que o afirme o calendário. È o tutor do jovem príncipe da primavera, que vai chegar; É o inverno quem exerce a regência. Brrrr!...Este frio faz até a gente tremer, não é pequerruchos?
    Estão vendo? Pois não foi o que eu disse mesmo? - disse logo o pardalzinho menor. - O calendário é apenas uma invenção humana; não corresponde à Natureza. Deviam confiar essas coisas a gente como nós, que somos mais inteligentes.
     Passou-se uma semana; passaram-se duas.O Lago, gelado, duro, parecia chumbo derretido. Pairava sobre a terra um nevoeiro úmido. No ar adejavam bando de gralhas pretas, silenciosas. Tudo parecia adormecido. Mas de repente um raio de sol deslizou pela superfície do lago e ele resplandeceu como estanho derretido. A camada de neve que cobria o campo e o cerro já não brilhavam tanto.Mas o vulto branco, o próprio inverno, ainda lá estava sentado, com os olhos voltados para o sul. Não notou que o tapete de neve se ia afundando na terra, e que iam aparecendo aqui e ali manchinhas verdes, que atraiam imediatamente multidões de pardais.
     - Pio-pio-pio-pio! Virá já a primavera? Vira já?
     - A primavera! A primavera!
    E o brado ressoava por campos e prados e através das matas escuras, onde o musgo, de um verde tenro, brilhava nos troncos das árvores. Já vinham voando, das bandas do sul, as primeiras cegonhas: traziam às costas duas graciosas criancinhas - um menino e uma menina, que atiravam beijos para a terra. Onde quer que pusessem  o pé, brotavam da neve flores alvíssimas. De mãos dadas foram se aproximando do velho de gelo, e, depois de saudá-lo, agasalharam-se no seu peito. Imediatamente tudo - as três criaturas e a paisagem que os cercava- tudo ficou envolto em uma cerração espessa. O vento foi expulsando, em violentas rajadas, névoa densa. O sol resplandecia, já cálido. Sumira-se o inverno e no trono do ano do ano apareciam somente os belos filhos da primavera.
                 Isto sim! - diziam os pardais. - Isto é que se pode chamar de Ano Novo! Agora sim, vamos recuperar o que nos tomou o rigoroso inverno.
               Em toda a parte, por onde andavam as crianças, brotavam os gomos verdes das árvores. Das moitas de arbustos crescia a relva e as semeaduras ficavam mais verdes, mais viçosas. A menina ia espalhando flores, que levava no vestido arregaçado; pareciam brotar ali, e por mais que ela as espargisse, tinha o regaço sempre cheio. Arrebatada e cheia de fervor, ela semeou abundante nevada de flores sobre pessegueiros e macieiras, antes mesmo que  brotassem no caule as folhinhas verdes.
            E bateram palmas, ela e o menino. E imediatamente apareceram, voando em bando, pássaros que não se sabe de onde vieram: mas todos eles gorjeavam e cantavam:
           - Chegou a primavera! Chegou a primavera!
            Que maravilhoso espetáculo!
           Avozinhas encanecidas saíam à luz do sol, espreguiçando-se, contentes; e, vendo as flores amarelas que brotavam por toda a parte nos prados, sentiam renovar-se nelas a mocidade: o mundo rejuvenescia e elas diziam:
            - Que belo dia o de hoje!
            A mata ainda trajava seu vestido pardo esverdeado: era um mar de gomos. Mas já desabrochara aspérula, fresquinha e cheirosa: brotavam as violetas, as anêmonas e primaveras. E cada folhinha de grama estava cheia de seiva e de viço. Era um tapete magnífico, que convidava a gente a deitar-se nele. E, de fato, lá estava estendido na relva o casalzinho da primavera, de mãos dadas, cantando; e sorrindo e cantando,iam crescendo e crescendo.
           Nem notavam que ia caindo do céu uma chuvinha suave. E gotinhas de chuva e lágrimas de alegria confundiram-se. Os noivos abraçaram-se, e no mesmo instante desfraldou-se a verdura da mata. Quando o sol surgiu, todas as florestas resplandeciam de tão verdes.
             E o casal de noivos lá andava, de mãos dadas, sob a abóboda de folhagem, onde os raios de sol desenhavam efeitos de luz e sombra. Num murmúrio claro e vivo corriam regatos e ribeiras sobre o leito de pedrinhas multicores, por entre os juncos, de um verde aveludado. É a Natureza dizia .
          - O mundo é perfeito e eterno, e assim será sempre e sempre!
          O cuco gritava e a calhandra trinava; era uma primavera esplêndida. Só os salgueiros ainda usavam luvas de lã, que abrigavam flores: eram muito prudentes. Mas gente assim é tão aborrecida...
            Passaram-se dias, passaram-se semanas. O calor parecia descer em catadupas. Ondas de ar quente atravessavam o trigal, que ia ficando cada dia mais amarelo. O lótus branco das regiões setentrionais espalhava suas grande folhas verdes sobre a superfície dos lagos da mata abrigando os peixes que buscavam a sua sombra.
            Na orla do bosque ficava a casa campestre, que o sol ilumina, aquecendo as rosas recém-desabrochadas e as cerejeiras crivadas de frutinhas escuras, suculentas, quase cozidas do calor; ali estava sentada a graciosa esposa do verão, aquela que vimos anda criança, depois já noiva. Pousa o olhar nas nuvens que sobem do horizonte, e que ondulam escuras e pesadas como montanhas, subindo cada vez mais no céu. Vinham de três lados diferentes e iam crescendo sempre; desciam depois, como um mar invertido e petrificado sobre o bosque, onde todas as vozes tinham emudecido como por encanto. Já não havia a mínima aragem; nenhum gorjeio. Toda a natureza respirava  só gravidade expectativa. Pessoas a cavalo e a pé corriam pela estrada e pelos caminhos, no afã de alcançar um abrigo, um teto protetor...Eis que de repente surge uma luz, como se o sol irrompesse chamejante ofuscando e devorando tudo. Mas logo tornou a escuridão, como um estrondo retumbante. Caía a água em catadupas. Luz e treva, silêncio e estrondo, alternavam-se constantemente. O caniço novo ondulava seu penacho pardo sobre o banhado; caíam trevas, irrompia de novo a luz; revezavam-se os estrondo. Relvados e trigais, abatidos pelas águas, jaziam acamados, como se não pudessem jamais tornar a erguer-se.
      De repente a chuva enfraqueceu; eram agora gotas avulsas que caíam. De novo resplandeceu o sol, e as gotinhas brilhavam como pérolas sobre hastes e folhas. Trinavam os passarinhos; os peixes pulavam dento d'Água. os mosquitos dançavam no ar, e lá fora, sobre  uma pedra, em meio das águas salgadas do mar, fustigadas pelo vento, estava sentado o verão; era um moço robusto, de membros vigorosos, e tinha o cabelo a gotejar água. Remoçado no banho refrescante, ali estava , sob os raios quentes do sol. Toda a natureza rejuvenescera; tudo se ergui agora, viçoso, forte, belo. Era verão, verão! O agradável e quente verão!
         Dos trevos cheios de frescura erguia-se um aroma suave. Ao pé deles adejavam as abelhas, zumbindo em torno da antiga sede da assembleia do seu povo. Os galhos da groselheira cingiam as pedras do altar, que lavadas da chuva, brilhavam à luz do sol. Ali voava a rainha das abelhas com seu enxame, que ia preparar cera e mel. Ninguém as viu, a não ser o verão e sua esposa; para eles somente fora posta a mesa do altar, com as oferendas da natureza.
      Luzia o céu da tarde como ouro; fulgia como nenhuma cúpula de igreja poderia fulgir. No firmamento, entre o arrebol da tarde e a aurora, via-se a lua: era pois o verão.
      E de novo passavam os dias e passavam as semanas. No meio dos trigais brilhavam as foices polidas dos  ceifeiros. Os galhos da macieira vergavam ao peso das frutas vermelhas e amarelas. O lúpulo, pendente dos altos tufos, exalava agradável perfume. À sombra da aveleira cheia de cachos pesados, descansava o verão, ao lado de sua grave esposa.
      - Que riqueza! - dizia ela. - Espalhavam-se em roda de nós as bençãos do céu. Em toda a parte desfruto conforto, bem-estar; e todavia, não sei por que, estou com saudade...saudade de sossego, de tranquilidade. Andam  já lavrando os campos. Os homens querem ganhar sempre e sempre, cada vez mais! Olha como descem as cegonhas em bando, e vão andando a alguma distância atrás do arado: é a ave egípcia, que nos trouxe pelos ares. Não te lembras da nossa chegada, quando éramos pequeninos, a este país do Norte? Trazíamos flores, a bela luz do sol e a verdura das matas. O vento é cruel para as árvores, coitadas! Deixa-as pardas e escuras, como as do Sul; mas as daqui não se carregam de frutas douradas, como aquelas...
      - Queres então ver as frutas douradas? - perguntou o verão. - Pois vais ter esse prazer.
      Ergueu o braço e as folhas da mata tingiram-se de vermelho e ouro. A sebe de roseiras resplandeceu de frutinhas cor de fogo. Os galhos dos lilases dobravam-se sob o peso de grandes bagas pardacentas. As castanhas, já maduras, caíam dos ouriços verde-escuros. No chão do mato, as violetas floresciam pela segunda vez.
     A rainha do ano, contudo, ia ficando cada vez mais pálida, mais taciturna.
     - O vento frio aí vem - dizia ela. - A noite traz um nevoeiro úmido...Tenho saudades da terra da minha infância.
     E, vendo as cegonhas partirem, uma a uma, estendia as mãos, como se quisessem ir com elas. Olhou para os ninhos, já desertos; em em deles crescia o lóio de haste comprida, e em outro havia um pé de colza amarela; dirse-ia que não tinham eles outra finalidade a não ser  proteger abrigar aquelas plantas. Os pardais foram fazer uma visita aos ninhos das cegonhas.
   - Pio, pio! Onde estão os donos? Parece que essa gente não pode suportar o sopro do vento, por isso abandona o país. Pois boa viagem!
    As folhas da mata iam ficando cada vez mais amarelas e caindo umas sobre as outras. Desencadeavam-se as tempestades do outono. Já avançara muito o ano, e sobre o leito das folhas amarelas repousava a rainha, fitando com o olhar suave uma estrela cintilante. A seu lado estava o marido. Soprou uma rajada de vento que ergueu as folhas em turbilhão; e , quando caíram, aos montões, a rainha sumiu-se. Apenas uma borboleta, a derradeira do ano, esvoaçava no ar frio.
    E chegaram as neves úmidas. Soprava agora um vento gelado. As noites , escuras e compridas, sucediam-se em procissão. O rei do ano lá estava, com a cabeleira branca como a neve; mas ele não o sabia: pensava que aquilo eram flocos de neve caídos das nuvens, como aquela camada fininha que cobria o prado verde.
    E os sinos repicavam, saudando a época do Natal.
     - Repicavam os sinos do Natal - disse o rei.- Em breve há de nascer o novo par de soberanos e então poderei descansar, como minha mulher. Descansaram, na estrela cintilante...
     No bosque de pinheiros, fresco e verde, no meio da neve, estava o anjo do Natal, que abençoava as arvorezinhas novas, as árvores que iriam dar esplendor à sua  festa.
     - Ainda tens de trabalhar- disse o anjo; ainda não é hora de descanso! Deixa que a neve se estenda, para aquecer a nova semeadura. Aprende a suportar que se honre a outro, embora sejas ainda o soberano. Aprende a viver, mesmo esquecido já... A hora da liberdade há de chegar, quando chegar a primavera.
     - E quando virá a primavera? - indagou o inverno.
      - Quando a cegonha voltar.
      E lá estava sentado, com a cabeleira branca e a barba nívea, glacial, dobrado ao peso do tempo, mais ainda vigoroso com a tempestade hibernal, ainda forte como o poder do gelo- o inverno! Lá estava no alto da colina, sobre um montão de neve, como os olhos fitos no sul, como outrora tinha ficado sentado a olhar... O gelo estalava; a neve crepitava; os patinadores faziam giros sobre os lagos polidos; as gralhas e corvos destacavam-se nitidamente no fundo branco. Nem a mais leve aragem...No ar quieto, o inverno cerrava os punhos, enquanto o gelo cobria o espaço que ficava entre as margens do rio, em uma espessura de algumas braças.
     E de novo chegaram da cidade os pardais, a perguntar.
    - Quando virá a primavera? Quando virá a primavera? Teremos então bom tempo e melhor alimentação...O ano velho não prestou!
    Pensando , em silêncio, o inverno acenou para o mato desfolhado e negro, onde cada árvore mostrava bem a forma e a curva dos galhos nus. Durante o sono  hibernal desciam das nuvens as nevoas glaciais. E o soberano sonhava, sonhava com a sua juventude e com a idade madura. Ao romper do dia a floresta inteira resplandecia coberta de geada rutilante; era o sonho do verão, sonhado pelo inverno. A luz do sol espalhava geada sobre os galhos das árvore.
    E os pardais perguntavam:
  - Quando virá a primavera?
    E, como um eco, das altas colinas cobertas de neve, veio um som:
   - Primavera!
    O sol era mais ardente; a neve ia derretendo; os passarinhos puseram-se a cantar:
    - Primavera! Primavera!
     Lá pelas alturas singrava a primeira cegonha; e logo a segunda. E cada uma trazia à costas uma criança encantadora. As cegonhas descerram sobre os campos. As crianças beijaram os torrões de terra e o velho silencioso, que num instante desapareceu, como Moisés, levado pela cerração.
      E estava acabada a história do ano.
     - Sim!- disseram os pardais. - É muito bonita. Mas esta história não está de acordo com o calendário; portanto, não vale nada.
FIM
 

Significado do Nome Nívea

Nívea: Significa “da neve”, “branca como a neve”.





















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