Os contos que estou transcrevendo são de livros muito antigos que ganhei de meu querido pai. Quando percebi que eles estavam ficando velhos e amarelados, fiquei com medo de perdê-los. Resolvi então salvá-los para sempre, digitando letra por letra e me envolvendo em cada história. Obrigada pai e mãe, amo vocês! E um obrigada às novas tecnologias que me permitirão salvar meus livros e dar a outras pessoas a oportunidade de se emocionarem com Os Contos de Grimn e Andersen como eu me emocionei.
terça-feira, 24 de janeiro de 2017
UMA PRINCESA DE VERDADE - CONTOS DE ANDERSEN
Era uma vez um príncipe que queria casar com uma princesa, mas havia de ser uma princesa de verdade, uma princesa de sangue real mesmo. Andou viajando pelo mundo inteiro, à procura da princesa dos seus sonhos, mas todas as que encontrava tinham algum defeito. Não é que faltassem princesas, não: havia-as de sobra até. Mas a dificuldade estava em saber se realmente eram de sangue real. E o príncipe tornou à pátria, muito triste e desiludido, porque desejava tanto casar com uma princesa de verdade!
Uma noite desencadeou-se uma tempestade medonha; chovia desabaladamente, e tudo eram trovoadas e relâmpagos. Um espetáculo tenebrosos! De repente bateram à porta da cidade, e o rei em pessoa foi abrir.
Era uma princesa, a moça que achou do lado de fora da porta. Mas - Santo Deus! - em que estado vinha, com aquele tempo horrível! Toda encharcada, escorrendo-lhe água dos cabelos e para fora dos sapatos...Mas a moça disse que era uma princesa real.
- É o que vamos ver! - pensou lá consigo a rainha. Nada disse, contudo, a ninguém, sobre as suas dúvidas. Foi ao quarto de dormir, tirou todas a roupas da cama, e pôs no lastro um grão de ervilha. Colocou em cima, vinte colchões; e, em cima desse, mais vinte acolchoados de penas. Era aquela a cama da princesa.
De manhã perguntou à moça como tinha passado a noite.
- Oh! Muito mal! - respondeu a princesa. - Não pude conciliar o sono a noite inteira: havia não sei que coisa tão dura na cama, que não me deixou dormir, e tenho o corpo cheio de manchas escuras.
Viram então que era uma princesa de verdade; sentira o grão de ervilha, mesmo debaixo de vinte colchões e vinte acolchoados de penas. Só mesmo uma princesa de verdade podia ter a pele tão sensível!
Então o príncipe casou com ela, pois sabia agora que tinha achado uma verdadeira princesa.
E o grão de ervilha foi enviado ao Museu, onde ainda deve estar, se ninguém o tirou de lá.
E isto é uma história verdadeira...
FIM
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gostei dessa história é bem legal parabéns ANA SOL
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