É este é um nome, muito mais que um lugar. É pelo menos o que se diz e há muito tempo se vinha dizendo. Mas é um lugar todo meu, que me pertence, e eis porque eu aqui venho e aqui estou.
Fui criada por meu pai. Ele me levou nos ribeiros do campo e me dava de comer num prato de estanho. E dizia-me:"Irias comigo por toda parte, por toda a extensão do Nooomerang. Onde eu estiver, estarás sempre". Sentava-me a seu lado, em torno dos fogos do campo. Aderia ao seu corpo quente, debaixo do céu. Eu nunca usava vestido. Vestia-me de roupas de rapaz e tinha um ar de rapaz. Ele contava-me histórias e eu lhe fazia perguntas. Dizia-me que o sol er tão útil, que o homem se fossem capazes disto,venderiam. Ele me levava aos barracões de tosquia, à vinhas, aos campos de corte de lenha, às minas de talco, aos campos de cana, às plantações de banana, e assim crescia, tornando-me sua companheira e mulher que lhe fazia todos os serviços.
Ele era, no entanto, rude como um chicote. Eu não me dava conta do quanto ele era pequeno até o dia em que o trouxeram morto numa padiola. Caíra à noite voltando de uma reunião alegre na casa do dono da venda. Ele não tinha nada: apenas uma pequena quantidade de opala. Eu tinha vinte anos. continuei viver ali, explorar sua mina e trabalhar no seu poço.
Quando um estrangeiro apareceu ali, ensinei-lhe como se arrumar. Ele não tinha dinheiro, nem equipamentos, nem lugar em que dormir. Deixei-lhe um pequeno abrigo atrás da minha cabana. Às vezes vinha comer comigo, à noite jogávamos cartas, Fazíamos também nosso jogo de fósforos. Depois beijos, eu lhe disse. Ele riu-se.
Ele disse: "Aposto que apaixonar-me por você será o mesmo que a enroscar-se num fio de arame farpado."
Ele era um homem pequeno, bem construído, olhos muito vivos e uma barba preta, que um dia deixou crescer. Chamou-me uma noite e atendi. Estava sentado em seu catre e ia tirando as botas. Ergueu os olhos e disse: " Você quer casar comigo?
Levantou-se e me abraçou. "Eu gosto de você", murmurou ao meu ouvido. "Você não pode saber quanto".
"Deixe-me pensar".
"Pense agora. Você não pode continuar vivendo sempre assim. Você precisa de um companheiro"
Era verdade. Eu tinha necessidade de um homem. Se ele aparecesse, eu o reconheceria logo. Chegaria a aparecer? Eu não sabia se aspirava a mim mesma. Teria podido esperar toda a minha vida. Mas eu não sabia se ele vinha ou não vinha e quando ele me falou, eu parecia uma princesa de conto de fadas à espera do seu príncipe encantado. Sentia-e de repente estúpida e solitária porque eu não era uma princesa e mulheres como eu não esperam príncipe encantado.
Viverei então ao lado deste homem.
DISSE-ME QUE NA PRÓXIMA VEZ QUE FOSSE À CIDADE, TOMARIA PROVIDÊNCIAS NECESSÁRIAS. ENTREMENTES, ACRESCENTOU, NÃO VIA MAL NENHUM EM CONTINUAR COMIGO E VIVERMOS COMO MARIDO E MULHER. MAS EU RECUSEI. DEIXEI-O, NO ENTANTO, BEIJAR-ME E TOCAR-ME. MAS EU O REPELIA, LUTAVA PARA MANTER UMA BARREIRA ENTRE NÓS, O QUE ME ERA MUITO DURO. ELE FICAVA AMUADO E FEROZ E DEPOIS PUNHA-SE A RIR GRITANDO: "
QUE COISA INFERNAL QUE PODE SER UMA MULHER".
EU SENTIA COMO QUE UM MAL- ESTAR , TODA CONFUSA. QUANDO IA À VENDA PERGUNTAVAM-ME QUANDO ERA O CASAMENTO. AS MULHERES DIZIAM QUE EU HAVIA ESCOLHIDO BEM E QUE E QUE DARÍAMOS UM BOM CASAL. SENTIA-ME ORGULHOSA E FELIZ. SENTIA QUE NÃO ESTAVA SOZINHA, QUE PERTENCIA A ALGUÉM. DEPOIS AS COISAS COMPLICARAM, NÃO POR MINHA CULPA. VEIO UMA MULHER DA ALDEIA, ACOMPANHADA DO PAI, ´PARA PASSAR 15 DIAS DE FÉRIAS. ELA TINHA. UM BOM ASPECTO , COMO AS MULHERES DA CIDADE. EU CONHECIA OS HOMENS, PELO MENOS ALGUNS. PARA ELES SEMPRE É ESTAÇÃO dos amores. Quando a mulher se foi, ele partiu com ela.
Pus-se a pensar nessa mulher. Eu não tinha mãos brancas e finas como as suas. Não tinha corpo tão esbelto. Meus cabelos eram pretos como os dela, mas eu nunca fui capaz de arrumá-los como os seus. Ela possuía uma voz macia.Eu procurava dizer as palavras como ela as dizia, mas em vão. Os meses passaram e ele voltou,pálido e bronzeado, bater à minha porta, como se nunca tivesse saído dali.
"Senti falta de você", disse ele.
" O dono da venda talvez poderá dar um jeito para dar-lhe alijamento e alguma comida". É o que se diz a um estranho e ele era um estranho para mim.
"Devo ter agido mal".Ele deu a entender. "Não era uma ligação durável. Nada de sólido como você, a companheira do homem. Vivamos de novo juntos, quer??
Pensei nas boas coisas que nele havia e continuava gostando dele como se gosta de um gato por suas gracinhas. Ele queria viver comigo. Queria que eu fosse sua mulher apenas,sem aliança no dedo. Depois do que aconteceu, eu não podia ceder. Se uma outra mulher aparecesse. e´certo que ele se deixaria levar como uma folha ao vento.
"Ali fica a venda - e apontei como o dedo- lá encontrará qualquer coisa"
Encolheu ois ombros e saiu.
***
Veio um homem para o campo. Era alto e forte e tinha uma boa fisionomia. Sua voz podia ir a uma milha de distância. Quando o vi, disse: "Este homem é meu. Tomá-lo-ei de quanta mulher exista".
Encontrei-me com ele no luar e pedi que viesse tomar um chá comigo. Saí à tarde para caçar e matei um coelho que lhe preparei, separando-lhe as melhore pedaços. Ele veio e depois do chá jogamos cartas. Depois distraimo-nos com um jogo de fósforos. Em seguida, propus-lhe um jogo de beijos. Fiz aquilo por brincadeira, mas ele olhou estupefato. Um momento depois, pos-se a rir e deu-se por satisfeito. Pedi-lhe então que saísse; o que ele pesava que eu era?
Ele ergueu as mãos: " Espere um minuto. Foi você que fez a proposta. o que isto quer dizer? Nunca sonhei com uma coisa destas?
"Você está a ponto de me forçar".
" É claro, qualquer homem faria o mesmo".
"E você penou que poderia conquistar-me facilmente?"
"Não é bem isto. Se quisesse beija-la, eu a teria beijado. Isto eu não faria em meio a um jogo de cartas. Você me convidou para vir à sua casa e eu vim com todo o respeito, com intenções as mais respeitosas. agora chega de brincadeira. Sente-se e vamos. Comecemos de novo o jogo de fósforos".
Agora sentia-me segura. Ele vinha todas as noites jogar cartas e conversar. Vinha do lado de SnowRiver; falava com ele, desde a criação de cavalos até o trabalho na cidade. Ele não queria mais saber da cidade. Gostava do mato. Explorava um bom veio de opala e ganhava dinheiro. quando chegou aquela noite e apanhei as cartas, disse-lhe que poderíamos jogar por beijos.
"Deixe de brincadeira, disse ele.
" Estou falando sério".
Ele olhou-me. Depois me agarrou e atirou-me aos seus joelhos, e disse:" Você é uma selvagezinha. Eu poderia encurralá-la e marcá-la à ferro".
"Seria melhor que jogássemos fósforos" eu disse.
Ele machucou-se e acreditou que tivesse quebrado o osso do pé. Dirigiu-se à cidade e ficou ausente por três semanas e mandou-me uma carta: "Tenho vontade de revê-la, escreveu. " Quero vê-la com os cabelos caídos sobre os ombros e varrendo-lhe o rosto. Tenho vontade de ver os seus olhos..."
Lendo-a, subiu-me ao coração um grande transbordamento de amor por ele, tal qual um fluxo do mar, mas eu olhava minhas mãos calosas, como as de um homem, e as rugas finas em torno dos meus olhos. Tinha as plantas dos pés como uma sola de couro e cheirava a suor e à terra. Tinha a carne dura e os seios pequenos e musculosos. Não era digna dele.
Ouvi um homem cantar na noite. Sabia que não era Jim.Abriu a porta com um pontapé e ficou ali.Tinha a camisa aberta té o peito e os pelos molhados ao peito. Entrou segurando sua garrafa. Eu não tinha medo dele. Tinha visto homens bêbados e outros sóbrios fazer o que fazem os homens e a maneira por que o fazem, porque são homens. Eles são sempre assim.
"Você acredita que ele é melhor do eu? Mandar-me embora e ficar com ele em meu lugar? Eu lhe mostrarei quem é o seu dono".
Eu não quis agredi-lo. Eu o conhecia quando estava bêbado. Eu o compreendia mas não sentia nenhum sentimento, nem mesmo de piedade. Atravessou o quarto, vacilando, e procurou agredir-me. Levantei-me e encarei-o.
"Eu a quero", disse de modo selvagem e os lábios úmidos, "Deus sabe como eu a quero! E terei que possuí-la. Você não pode expulsar-me como a um cão. Fui bom para você".
"Volte para sua cabana, Mac", eu lhe disse.
Sua face decompôs-se. "Você pensa que pode me trocar por ele. - Você não passa de uma p....".
Fui à porta e abri. "Dê o fora".
Ele atirou-se a mim e me agarrou. "Eu a levarei comigo".esbravejou. "Eu a possuirei, mesmo se esta for a última coisa que eu deva fazer. Você não pode me tratar assim como um cão".
Atirei a minha cabeça à ponta do seu nariz e mandei o meu joelho de encontro ao lugar onde mais pode doer a um homem. Ele atirou-se ao chão gemendo; ajoelhei-o e o pus de costas."Mac, não diga a ninguém o que eu lhe fiz. Jim o matara se souber disso".
Ele tentou mas não pode falar. Eu não queria fazer-le uma coisa destas. Ele tremia. Conseguiu levantar-se, vacilando. Afastei-me e o encarei. Ele voltou-se para mim, chorando. " Galinha indecente - eu já tive mulheres boas como você nunca será na vida. Verdadeiras mulheres. Não como você que é meio homem".
Ele dizia mais coisas ainda, mas eu sabia que falava assim só porque eu o havia ferido sordidamente.
continua....
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Mais uma história estou transcrevendo , é muita dedicação que toma tempo, por isso peço compreensão termino a história a qualquer momento. Sigam SIL_ASMR NO TIKTOK SIL_ASMR NO INSTAGRAM SIL_ASMR NO YOU TUBE
Amo seus contos. Vim Pelo Tiktok.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirMeus canais atualizando: tik tok (Sil_asmr )you tube (SIL_asmr) Intagram (SIL__asmr) kauai (SIL_asmr) meu email de contato e pix. silasmr.contato@gmail.com
ExcluirQue felicidade te encontrar aqui.
ResponderExcluirParabéns pelo trabalho de digitar os famosos Contos, para perpetuar esses contos .
ResponderExcluirobrigada pelo trabalho
ResponderExcluirOi, obrigada
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